Dreams are renewable. No matter what our age or condition, there are still untapped possibilities within us and new beauty waiting to be born.

-Dale Turner-

domingo, março 11, 2012

Uma Morte Para Uma Paixão

Voar, você me disse... Voar foi o que eu fiz. Tuas mãos foram meu porto seguro, local onde pude repousar e reconfortar minha alma de andarilho, já desgastada pelo tempo. A simples promessa de vida fez-me encher os pulmões de alegria e cantar para os ventos do presente a tua melodia.

Minha chegada foi vista com esperança e zelo, minhas atitudes foram inocentes e puras... Então deitei em tua mão e cochilei. Nos dias que sucederam, fizeste uma casa onde eu pude repousar seguro e sempre próximo, da qual toda manhã vinhas desfrutar de minha canção e sorrias como retribuição. Tudo estava simples.

E ai o inverno veio...

As folhas caíram e o sol se esconde; o frio agora bate a minha porta e busco abrigo de volta para o calor de teu corpo, mas não me reconheces mais... Teus olhos agora já não brilham com a minha música, seu sorriso já não me aquece e suas mãos já não me tocam a pele.

Sozinho, recolho-me no velho abrigo de memorias e sonhos que construímos em um único dia... E nele aguardo atento pela volta do verão, mas este não veio. Minhas asas congelam impossibilitando-me de me mover novamente, meu folego já não é suficiente para um novo voo.

Não há mais o que fazer... Apenas deitar e morrer.

sexta-feira, março 09, 2012

Pout Pourri

A Energia Voltou

Cá estou, depois de um período de curta ausência, talvez nem sentida, mas sem dúvida vivenciada. Retomar de onde parei é sempre um problema, pois as ideias nunca se firmam às suas antecessoras continuando assim o fio de raciocínio, ao invés disto deparo-me com novas e firmes argumentativas que jugam-se sozinhas serem as donas do saber.
Sendo assim, creio que minha promissora rítmica de palavras sucederá a novas vivencias da minha curta vida; portando não mais me prolongarei partindo diretamente ao assunto que me fez vir até as brancas folhas desde programa em busca de alento, e para inicia-lo, convidou a sentar-se ao meu lado e degustar de uma bebida enquanto lhe preencho a mente e “canso” aos teus ouvidos. Um abraço caloroso.

Boiando

Vida. Sou eu teu admirador declarado, teu fã incondicional, teu servo impassível... Teu escravo. Durante meses me pus a tentar compreender-te, mas essa tarefa me escapou aos dedos como um objeto arremessado que tentei segurar por reflexo. Vejo hoje Vida que não posso te dominar da maneira que quero, pois não foste feita para isso, tu é o impulso irracional em direção ao desconhecido que nos seduz e afaga, mas sempre nos mostra o quanto estamos diante do precipício da tua razão fundamental.
Sendo assim permito-me apenas deitar em tuas águas paradas e desfrutar do clima e paisagens a minha volta que passam lentamente enquanto sigo a boiar. Sou um passageiro, não um condutor e isso agora me é tão claro quanto o dia. Encontrarei turbulências em minha viajem, não tenho dúvidas, mas servem elas apenas para aprumar minhas ideias e não para afoga-las. A isso brindarei e com isso me calo novamente.

Apenas Um Rascunho de Mim

Você... É você que tenta inutilmente me entender. Não o faças, poupe-vos desta empreitada, pois o fim nada mais é que cinzas espalhadas. Eu, assim como o vento, sou multável, maleável e indescritível em minha essência, mas voraz se necessário for.
Consumo tudo a minha volta e provo de todos os sabores perdidos e esquecidos, trazendo-os a tona e reavivando suas originais manifestações de arte pura e indómita. Sou a ultima barreira, a porta no fim do corredor a qual todos passam quando deixam a sala. Para uns; Troféu, para outros, Mausoléu... Ambos certos em suas parcelas de afirmativa.
Uma completa e perfeita harmonia do caos.