Dreams are renewable. No matter what our age or condition, there are still untapped possibilities within us and new beauty waiting to be born.

-Dale Turner-

sexta-feira, janeiro 28, 2011

O Que Dizer Sobre Erin

“A você Eu agradeço... Por mais que possa simplesmente parecer estranho, mantenho estas, a muito comigo e acho que já passou da hora de expor-las.

Sim, fiz isso por você sem Nada receber em troca; Nada do que sempre quis, mas não tive coragem de dizer. Fui um Tolo por muito tempo, silencioso e carismático; um Tolo carinho e amigo, sem problemas em ouvir seus problemas ou compartilhar suas frustrações; um Tolo, passível do crime contra mim mesmo.

(...)

Por dias eu fiquei a observar e aprender seus gestos, seus gostos, seus desejos, sua maturidade apaixonante. Senti-me um garoto de novo, um garoto Eu fui.

Você não é mais parte da uma vida passada, Você é minha imagem refletida, é cada movimento meu, é cada palavra bem pensada para não machucar os ouvidos alheios, é cada roupa escolhida, cada sapato calçado... Cada beijo dado.

Tua ausência é um buraco que preenchi com momentos não vividos por nós, mas sonhados em seus mínimos detalhes. Seja através de uma canção ou somente em palavras soltas ao vento, Tu é minha sombra, meu inconsciente ativo, minha musa eterna, minha conselheira das muitas horas, minha mãe, minha mulher, minha emoção.

(...)

Tua forma se molda com o tempo e assumes diversas fisionomias ao longo da minha vida, como parceiras e amigas, que sempre guardarei comigo em um lugar mais que especial. Já possuístes muitos olhos e olhares, bocas e aromas, assim como temperamentos explosivos e sonhadores, ensinando-me a viver.

A ti Erin, Eu dedico estas únicas palavras, pois palavras minhas não mais ouvirás, embora as tuas sempre estejam presentes em mim. Sendo assim concluo este pequeno gesto de misericórdia para com a minha consciência cansada e te agradeço sublime o me tornaste. Embora saiba que muitos outros capítulos Eu irei de presenciar e muitas Erins Eu irei de encontrar em meu caminho; te beijo agora como um pai, a ninar uma filha e espero que durma bem, pois quando um novo sol nascer você virá a mim da mesma forma que irei até você.”  



Outro dia tem inicio diante de mim e com ele vêm minhas rotinas diárias.
Desperto e vejo o quarto onde durante noites incontáveis você ficou ao meu lado e consolou os meus sonhos,   
Que agora somente permanece uma suave doçura nos meus travesseiros...   

...Um dia tudo passará e não me lembrarei mais de você, Sei disso.   
Mas até esse momento vir a chegar,
Na minha mente tudo podia ser diferente...
Portanto tomo o meu violão e toco como nunca fiz antes.   
Nesta canção de palavras simples,
Chamo o seu nome com o meu coração...

...Uma vez fui um tolo com uma caneta simples,
Quando risquei no papel o seu borrão,
Mas foi o seu sorriso não somente seu rosto que tomou o meu coração.
Um dia sei que voltaremos a nos ver.

Rhymer & Ragdoll - Erin

Tudo Possui Um Fim?

“Quando podemos dizer que algo realmente chegou a seu fim? Seria quando o perdemos de vez? Ou quando acreditamos que nossa vida continua?

Sempre nos deparamos com estas perguntas pelo menos uma vez em nossas vidas, seja com amigos, amores, familiares... Independente de qual motivo lhe seja atribuído, uma dor que não se cala e não se ‘afoga em goles’ age como algoz por um período interminável.
  
(...)

Diante desta parede intransponível que assola-nos por dias ou ate meses, porque não arriscar anos; existe uma vegetação rasteira que solidifica e ramifica suas estruturas, sendo nós mesmos, seus jardineiros. Dar o próximo passo é sem dúvida à etapa mais difícil, pois significa não apenas esquecer, mas lembrar e seguir, fazendo das suas futuras atitudes melhores reflexos do que fomos um dia.

(...)

Justiça não seria a palavra correta a se criticar, ou talvez destino, fardo, carma, dogma, paradigma... Não importa; nós não decidimos além dos nossos próximos passos e só enxergamos os passos deixados como rastro, restando-nos apenas refletir e seguir.”

Nem as Primeiras, Nem as Últimas

 “Nada é Impenetrável que não possa ceder, Nada é Intransponível que não se possa Ver; Nada é capaz de impedir as águas de fluir... Então, que fluam sem freios ou objeções. Elas precisam encontrar seu caminho através das rochas e seguir adiante para um mar de remorsos, sonhos e lamentações já quase esquecido pelo tempo. Esse é seu objetivo, seu carma de existência.

Quando menino se aprende a ser respeitável, honorável, justo, digno e mesmo amável, mas ninguém nos ensina a maneira certa de mandá-las embora. Pois não precisam, isso já nos é ensinado pela vida e suas sombras...

A primeira delas vem ao nascer quando precisamos provar a vida que merecemos viver, logo estas são substituídas pela necessidade de afeto e atenção, durante os primeiros anos de vida. Após os primeiros passos vêm as primeiras quedas e com elas as Quartas, Quintas e mesmo Sextas vezes em que as depositamos sobre o solo. Sejam estas silenciosas ou abertas aos muitos ouvidos.

Os anos passam e a dor se faz presente no primeiro amor, no primeiro filho, na primeira perca... Elas nos têm, assim como nos as temos ao longo da vida.
Lágrimas não nos fazem fraquejar, mas ensina-nos a sermos mais fortes.”



Deixo para ti estas que são os mais puros fragmentos de minha alma... Não espero de ti retribuição, gratidão ou pena, de qualquer forma possivel, mas se a força lhe faltar e nada mais puder lhe conter, peço apenas que jamais reprima-os na minha presença, pois destruirás aquilo de mais sincero que possa me oferecer, a troco de futuros remorsos desperdiçados...



segunda-feira, janeiro 10, 2011

Somente Lembranças Numa Manhã Chuvosa



“A fina garoa continua a lavar as folhas pelo quintal molhado e cheio de histórias. Deparo com minha imagem refletida na janela a olhar uma paisagem deserta, coberta por uma espessa neblina ainda da manhã, que mantida um pouco mais, devido à ausência da luz solar e do calor dos corpos.

Sinto como se algo me alcançasse à face e me tocasse os olhos, agora encharcados. Não era remorso que me consumia, mas Saudade. Um pequeno sorriso me faz lembrar os momentos quando corria Eu, sem preocupação alguma ou limitações além da minha própria imaginação, era um mundo livre da dor, da fúria, da miséria e doutros males que me corroem a alma. O que nos fez mudar? Por que tive que mudar?

O passar dos anos é sempre duro e sua rigidez, fez nossos sonhos amadurecerem e morrerem em nossas mãos, mas para poucos de punho firme, estes ressurgirão na próxima primavera de folhas renovadas e frutos deliciosos. Para outros a fantasia morreu com o som das máquinas, da ‘carga horária’, da ‘produtividade’...

E a chuva?... Esta ainda é a mesma de antes, as lágrimas ainda são as mesmas de sempre, as lembranças permanecem também iguais, porém algo hoje é diferente... Hoje, Eu sou diferente.”

sexta-feira, janeiro 07, 2011

Começos e... Fins.


“Sem começos ou fins... Disse um homem a algum tempo. Determinar um é determinar o outro...

Não entendo o porquê de tamanha necessidade; Eu não exijo de você explicações, satisfações ou se quer soluções, mas o ‘mundo a minha volta’ implora por uma resposta minha. Pressionando-me em direção a paredes, que embora invisíveis, são solidas como as rochas.

Indago-me...

Por que tudo não poderia ser simples? Apenas Preto no Branco, sem escalas de cinza ou qualquer marcas ou borrões. Seria isso uma necessidade deles? Nossa? ... Ou Sua?”

Nossas idéias pareciam iguais, nossos desejos pareciam suprir até por demais, mas estava Eu tão errado pensando assim? Será que vi algo onde você mandou não olhar ou você viu algo que eu não mostrei?

O mundo com seus dogmas sociais afastam da vida as coisas boas e impedem que nossos olhos possam contemplar o que realmente importa; a Vida em si. Viva, você me disse, sem barreiras ou correntes ou desconfortos... Estou tentando.  
Não estou criticando seus atos, sabe que jamais faria isso, pois a respeito demais... Por isso fico apenas a me indagar:

Por que tudo não poderia ser simples? Apenas Preto no Branco, sem escalas de cinza ou qualquer marcas ou borrões. Seria isso uma necessidade deles? Nossa? ... Ou Sua?”

Os Desprezíveis Sete Inseparáveis: Luxúria


“Seria Eu, o último destes que despojam-se tão espontâneos? Ou o primeiro de ordem natural que movimenta Teus passos? Como saber? Baste me ter...

Eu sou tua ânsia pela noite mais iluminada, teu desejo de ter a pele acariciada. Sou tuas formas e contornos, teu olhar sedutor e teu sorriso dominador que faz dos outros a tua volta sonharem com teu cheiro de perfume contido, quase escondido, no pescoço e busto, braços, abdômen, ventre...

Suas a Tua pele macia, tuas pernas suaves e teu andar firme. Eu te movimento sem cordas de marionete, sem jogos ou falsetes; e ainda foges de Mim. Afasta-te de mim como um animal acuado pelo caçador, mas se entregas por completo quando juras o amor ‘Eterno’ sob o Criador e as estrelas no céu iluminado... Eu te tenho, não porque te quero, mas por ser uma necessidade Tua sentir prazer...”


Os Desprezíveis Sete Inseparáveis: Gula


“Estou a salivar por você te tal forma que me consome as entranhas, aperta as costelas e faz meu coração pulsar mais rápido...

Não perderei tempo com palavras vazias, só busco o que me completa, alimenta, nutre, revigora, supre, consome por completo... Pena que não exista tal coisa.

‘Mais’ não me define, estou acima disso, um nível superior. Não me atrai a vaidade, ou a inveja ou o ódio; estes são fúteis e só desperdiçam energia desnecessariamente com seus ‘discursos’ de vanguarda, Eu não... Eu sou carnal, material, glutão por grandeza e soberania... Enquanto todos discutem, Eu me alimento e alimento meus alimentos...”

quarta-feira, janeiro 05, 2011

Os Desprezíveis Sete Inseparáveis: Cobiça


“Não é o suficiente, preciso, desejo, imploro... Mais, mais, mais. Com as palavras, não me atenho, com os gestos não me contenho diante de tamanha grandeza em formas e formosuras, que deliciam-me o olhar fazendo em minha boca salivar o prazer de ter... Mais. 

Não conheço moderação; não me mantenho nessa prisão de barras finas e cristalinas, de nome singular e ‘Satisfatório’ somente ao próprio do qual rudemente Tu, tentas me conter. É inútil para ti me entender, tuas palavras dançam na minha boca, pois das mais belas já busquei, provei e reservei somente para meu deleite.

Minha ânsia não se cala jamais enquanto jóias despojarem seu brilho, seja no solo, no colo, no aço, no vidro, na pele... Nem mesmo o brilho do Sol ou a Palidez da Lua, me escapam a visão do desejo, quem dirás Tu, de carne e osso, sangue e músculos... Que pulsa; e vive; e deseja... E brilha aos meus olhos.”