“Quem és tu que me olha refletido no espelho? Teu rosto me soa familiar, mas seus gestos em nada se parecem com os meus. Você que possui olhos distantes e uma mente turbulenta, fadado a passos dados no sentido contrario, sempre contraditório, em busca de respostas sem ao menos saber quais perguntas fazer primeiro.
(...)
Tu és um andarilho sujo e marcado pelo pó e calcário das calçadas lapidadas que se estendem por dentre este labirinto filosófico, psicótico, caótico. Tua imagem, sempre se manterá turva como uma sombra; teu brilho nunca mais será polido por este engraxate cansado de ajoelhar sobre teus pés.
Liam tu foste minha fuga quando precisei; meu soldado romano eleito como líder nas horas de dificuldade vindouras, mas tua regência se estendeu muito além das minhas rédeas e teu heroísmo tornou-se vilania perante meus olhos. Tu foste meu algoz por tempo demais, agora meu ato de rebeldia para contigo, nada mais é que um sopro fino e puro de liberdade.
De minha vida cuido eu, de meus atos serei apenas eu responsável.
(...)
Embora meu caro Liam, o jogo tenha voltado para as mãos do jogador, você não será esquecido por teus feitos e tua memória permanecerá como única finalidade histórica contemporânea, lembrando aos remanescentes o destino que tu alcançaste.
Embora eu te julgue de todo ruim, torno-me hipócrita se não disser que houve momentos de alegria, quando na minha infância jazia a força para seguir além destas duas vidas. Uma que se iniciou com meu nascimento e outra com minha chegada aqui nesta terra distante.
Por isso Liam, Eu lhe sou grato e como premio por teus méritos te deixarei retornar para casa, onde poderá descansar onde mereces. Voltando a ser o que és... Uma parte da minha mente.”