Eis que sois tu vida, em seus puros momentos, como pétalas ao vento caindo sutilmente embaladas pela suave brisa a cobrir os degraus frios, duros e implacáveis da jornada.
Teu perfume penetra os sonhos dos justos com expectativas, desejos e paixões; assim como tuas raízes cobertas por espinhos nos rasga a sola dos pés e recobra-nos de tua real frieza que tortura os imaturos, os indisciplinados e os inocentes.
Vida és algoz e vassalo das nossas andanças, definindo as escolhas que tomamos, sejam elas imprudentes ou convictas. Tu tornas o caminho curto ainda mais curto e o longo uma eternidade, porém quando a noite se vai e o sol torna a nascer, lembramos que não só existe o inverno implacável, mas o verão de sol a pino, a primavera das novas escolhas e o outono das responsabilidades.
E assim és tu vida minha, moldada em rosas e espinhos e observada por corvos cobiçadores de oportunidades que buscam por suas riquezas mais intimas.
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