Dreams are renewable. No matter what our age or condition, there are still untapped possibilities within us and new beauty waiting to be born.

-Dale Turner-

quarta-feira, dezembro 22, 2010

Os Desprezíveis Sete Inseparáveis: Preguiça


“Estou em você, mas você nem me nota. Mantendo-me sutil, fico, fico, fico... Não existe opressão para comigo, pois de todos, sou Eu o mais aceito, visto e ignorado...

Eu estou com você todo o tempo ‘abraçando-o’ apertado, mantendo-o em meus braços, pernas, dorso, costas e mente; seja nas manhãs mais claras; quando garoa ou ao por do sol.

Sou aquele que o acolhe a noite, deitando-o nos lençóis, quando ninguém mais o vê e aquele que lhe vira o olhar quando algo não lhe interessa. Dispenso apresentações, elas só me fazem cansar, cansar, cansar...”.

sexta-feira, dezembro 17, 2010

Os Desprezíveis Sete Inseparáveis: Ira


“Incapaz de Pensar, somente agir, agir, agir... Não tema a mim deixe-me guiá-lo e terás meu apresso. Eu sou o sangue pulsante em Tuas veias, que exige mais velocidade, sou tua força de reação contra o mundo injusto, tua retaliação esperada.

Sou o desejo de vingança, a intolerância, a insensatez, a imaturidade adolescente, os nervos a flor da pele, o grito que te sobe às entranhas e passa por tua garganta expressando a fúria... Fúria que não se cala, fúria que não descansa; fúria que te cega e condena.

Não posso ser ‘visto’ em palavras, mesmo que estas sejam ‘cuspidas’ ou ‘guturais’, não há termos que me expressem ou paredes que me impeçam os passos, não sou uma simples chama; sou Labaredas Incessantes que corroem e destroem... Não quero que me compreenda, Eu não preciso, quando for chegada a hora serei Eu que te darei o aviso.”

Os Desprezíveis Sete Inseparáveis: Inveja


“Porque você me olha assim? O que te faz superior? Somos iguais e nada me manterá distante por muito tempo, você conhece suas limitações e Eu conheço você.

Sou aquele que espreita através da sua visão, sou Tua noção de mundo perfeito, desejável, ansiando por uma razão muitas vezes desconhecida, desprezível ou até lamentável.

Não te apresse em me julgar; poderia você fazer melhor? Não, não pode, por que acha poderia? Você me diverte quando tenta não olhar, mas lá estou Eu para mostrar que não é impossível me ‘ter’; pois serei sempre o Teu sorriso no canto da boca, satisfeito, quando alguém te olha impressionado.”

quarta-feira, dezembro 15, 2010

Os Desprezíveis Sete Inseparáveis: Soberba


“Eu sou aquele que te olha nos olhos quando você acha que ninguém mais o vê, Eu te faço respirar calmamente quando os nervos se exaltam e as batidas dos corações tremulam desenfreadas, gritando e implorando.

Eu mantenho tua cabeça erguida sobre qualquer ocasião e ‘Render-se’ não será uma palavra que executarás na minha presença; sou o fogo que adormece em Ti, a paixão, a auto-estima, a perseverança incauta e imaculada. Nada me detém, ou me afasta, ou me reprime, ou me condena.

Sou intransponível, inquebrável, inatingível, insensível, inquestionável e invisível... Por mais que busque afastar-te de mim, estarei lá quando por um segundo olhar teu reflexo e contemplar tua imagem, neste momento não mais serás Tu a olhar, mas Eu, a me apresentar.”


Os Desprezíveis Sete Inseparáveis


“Não há como fugir, uma hora ou outra eles irão tomá-los nos braços e conduzi-los a pensamentos que nunca ousou um dia ter... Mesmo que por um segundo vai tê-los e eles terão a Você”.

Trago até vocês, fiéis andarilhos, estes poemas que são uma pequena homenagem a um grande poeta, escritor e político italiano revolucionário de seu tempo, Dante Alighieri, que fora considerado por muitos Católicos de sua época, um herético e blasfemo, devido sua linguagem forte e sua critica pesada aos altos membros da igreja.

Dante, para muitos, foi um visionário e sem duvida contribuiu, através de sua obra – A Divina Comedia, para mudar o pensamento fundamentalista que considerava antiquado, resultando em uma cadeia de idéias teosóficas de grande riqueza espiritual e ética. 

Espero que reflitam, como Eu um dia fiz.
Abraço a todos.

terça-feira, dezembro 14, 2010

Musa


"Sinto o teu gosto; teu cheiro acalma meus anseios impetuosos; tua pele sedosa valoriza-te e exalta-te como obra prima da ‘mãe vida’ que tramita ruas e vielas para o deleite de olhos despreparados e corações desamparados, que uma vez desavisados, resolveram em teu caminho passar.
 
(...)
 
Traz em teu sorriso a arte; em teus gestos as formas; em tuas palavras a paixão que alimenta a mais fria fornalha do meu Ser, que consome e deleita na tua presença cativa, doce, inocente, sincera... Amável.
 
Que outra forma tenho Eu, para contemplar-te, sem exceder-me em palavras ou gestos desengonçados de um recém nascido ansioso para dar os primeiros passos?
 
Suplico-te...
 
Diga-me, Vós, que sois as ideias que fluem através destas palavras, pois solução já não encontro, mas confesso que não busco ter medidas para apaziguar sentimentos; sendo ainda, tais pensamentos sentidos e transcritos em palavras, meu único refúgio e entorpecente para essa distância que nos separa.
 
(...)
 
Digo-te, por fim, sem tremular o ‘Punho’, balbuciar ou mesmo trepidar as pálpebras, que meus sentimentos são verdadeiros e justos, assim como minha inspiração é modesta e transparente. A Ti, só tenho a agradecer e implorar que meus dias perdurem sem que, possa Eu, contá-los na memória ou marcá-los a lápis em superfície áspera ou aparência rugosa..."

Impulsividade


“Existe uma força ativa, invisível, perceptível e completamente estridente que nos move de um lado a outro, para cima e para os lados, nos comprime e expande, fazendo-nos crer que possamos abraçar a tudo e a todos.

Tal força gira a roda da sorte, define vidas e mortes, expressa e faz-nos expressar de forma sutil ou teatral; exige uma reação para toda a ação sofrida, sem compreender a motivação envolvida ou sequer desenvolver a maneira de explicar.

(...)

Essa força, que te compreendes bem, existe somente em teu interior e grita para expor-te seja na dor ou em forma de amor; sendo comparada a uma angústia que não se cansa e uma ansiedade que não descansa; fanatismo desenfreado de teu ‘Ser’, antes acorrentado, agora livre e impossível de ser silenciado.

Recebas este conselho de bom grado, não me peça para diminuir, não tente me impedir, você não pode... Não consegue”.

quarta-feira, dezembro 08, 2010

Reflexo Seu Em Mim


"A sua Voz me ensinou a Falar...
Os seus Gestos me ensinaram a Agir...
O seu Olhar me ensinou a Compreender o mundo a minha volta...
Seu Silencio, a temer sua Ira...

A tudo isso Eu lhe Devo...

Suas Historias, me ensinaram a encarar a Vida...
Seus Pensamentos Compartilhados, a Refletir sobre ela...
Sua Poesia, a Escrever...
Sua Música, a Compor...
Sua Rigidez, a Encarar os Desafios de frente...

A tudo isso Eu lhe Devo...

O seu “Jeito Brasileiro” me ensinou a não ser Enganado facilmente...
Sua Sociabilidade, a ser Sociável...
Seu Paladar Refinado, a buscar sempre os melhores pratos a serem Degustados...
O Espírito Festivo, a festejar com Você...
Sua Determinação, a não Desistir, pois não há o que Temer...

A tudo isso Eu lhe Devo...
Observar sua Vida de ‘camarote’ me ensinou a Viver... Mas, por mais que tente inutilmente, Eu não sou Você."  

Fuga Para a Toca do Coelho


“Existe um lugar do qual nos é familiar e que consideramos nosso porto seguro, este lugar existe para nos afastar das dores, das frustrações, das depressões e desventuras da vida.
Muitos não sabem que o possuem, outros ignoram sua existência, mas dia ou outro, ambos acabam por se encontrar no mesmo lugar e põem-se a conversar sobre o que antes parecia trivialidade e agora se tornou realidade. 

Sendo para esse lugar de mistérios revelados, lágrimas derramadas e desejos frustrados que ‘escapamos’, uma ou duas vezes, durante as longas semanas e nos refugiamos em ombros amigos, ouvidos atentos e palavras acalentadoras; sempre dispostos a nos ouvir.

A este lugar que nos isola do mundo e nos diverte com seus ‘personagens’ sempre presentes, deixo este singelo: MUITO OBRIGADO!

Obrigado a você por existir e por trazer de volta a esperança perdida através desse choque cultural, repleto de ‘chapeleiros malucos’ e ‘gatos sorridentes’... Que nos diverte e nos dá forças para compreender a realidade.”

terça-feira, dezembro 07, 2010

Onde foi que Esquecemos Nossos Óculos?


“Descendo, profundo o abismo que separa nossa razão dos chamados devaneios, vejo de forma lúcida um mundo esquecido, isolado e rudimentar; rico em seus pequenos detalhes, sob o mato crescido a meus pés e nos pássaros barrocos a dançar entre árvores de um cenário urbano.
(...)
Roedores já não possuem propósito muito além da alcunha: condutores de pragas; e nossos felinos são pomposos como pavões, deitados sobre regalias e doces. A natureza clama para ser ouvida e a negligenciamos, dia a dia, com os altos volumes nos “paredões”, com a nicotina expelida das indústrias, ou através do óleo “acidental” que banha nossos peixes. Seja qual for a ‘desculpa’ a ser utilizada, esta não poderá ser usada mais adiante quando não mais houver pelo o que se desculpar.
Por isso indago-te:
Quando matamos em nós a esperança de mundo melhor?
Quando deixamos de lado o ‘Sentir’ para sobrepor-lhe o ‘Necessito’?
Onde foi que esquecemos nossos óculos?”

A Todos Vocês


“Venho através deste de forma simples e incauta e dentre gigantes rochosos de pensamentos firmes e eloqüentes, ergo-me como que a subir em uma árvore, a procura da passagem dentre os frondosos galhos, trazendo comigo de bagagem apenas a esperança de explanação para as minhas divagações corriqueiras.
(...)
Peço ilustres mestres do saber, que possam apenas olhar para minhas palavras, mesmo que em desdenho, e assim farei cumprir o objetivo desde “nascimento” prematuro, mas bastante desejado e certamente afagado por este que vos recita.
 (...)
Encerro esta mantendo firme em registro minha promessa de que despir-me-ei de mente nestas brancas folhas, ao longo dos muitos dias que se seguirão; mostrando uma nova perspectiva para com os problemas criados por nós e para nós, sendo talvez, o novelo de lã que mostrará a saída desde labirinto do qual todos entramos ao nascer e que didaticamente aprendemos a chamar, de Vida.”