Dreams are renewable. No matter what our age or condition, there are still untapped possibilities within us and new beauty waiting to be born.

-Dale Turner-

sexta-feira, dezembro 30, 2011

Quando Todos Nós Demos as Mãos

E mais uma vez ele se aproxima indicando que outro período se foi, deixando seus bons e maus momentos para trás, cabendo unicamente a você decidir se deva ser lembrado ou simplesmente perdido nas palavras do tempo...

Este que trás em sua face à renovação das ideias, da vida, do mundo e a esperança de sonhos a serem alcançados, possui 365 e Um dia para ser explorado da melhor forma possível por todos que em sua véspera, gritam juntos ao relógio quando este entra em contagem regressiva, palpitando cada segundo no ritmo de suas cardíacas batidas...

Bem vindo sejas e que Próspero e Belo te faças...
...A todos, um Feliz Novo Ano.  

sábado, dezembro 24, 2011

o Escalador de Chaminés

Lembro-me de um passado já quase esquecido quando, os ventos jovens me tocavam a face e havia inocência em meus olhos. Naquela época remota onde as fantasias falavam sozinhas e os sonhos eram mais palpáveis do que são atualmente, eu, um aspirante a piloto, um exime astronauta, um aventureiro destemido no coração da selva, um mergulhador amigo das baleias... Uma criança solitária cujas únicas companhias eram os inseparáveis brinquedos, me alimentava de historias.
Foi ai que ouvi falar de você.
Filho durma agora, pois o homem de vermelho com seu saco mágico de presentes irá descer pela chaminé e deixará um belo presente...
O que eu quiser?
O que você quiser...
E como ele vai saber o que quero?
Ah isso é simples, porque ele lhe ouve bem e conhece todos os seus sonhos. Sempre que você esteve falando sozinho o que queria, ele e seus ajudantes, um bando de duendes mágicos que o ajudam com os presentes, ouviram seus desejos e anotaram pra nunca esquecer.
Quer dizer que ele me vê o ano todo?
Uhum e fica prestando atenção se você foi ou não um bom menino, do contrario não vai receber presente algum.
Eu fui bom não fui?
Foi sim, meu filho. Você foi ótimo...
E aquela noite eu desejei e sonhei... E esperei... E esperei... E esperei... E esperei... E esperei... E esperei... E esperei... E esperei... E esperei... E esperei... E esperei... E esperei... E esperei...
...Talvez eu não tivesse sido tão bom afinal.

quarta-feira, dezembro 21, 2011

O Bom, o Mal e o Imortal

Frágil... Era assim que você estava quando o vento soprou e tudo teve inicio. Teus cabelos eram como lençóis ao vento e tuas lamurias ao tempo se fez pesar. Teus suspiros finais fizeram-se música às vozes que ecoam perdidas no espaço, podendo estas gozas do brilho dos teus olhos como guia a alimentar suas fantasias.

Sob a luz do dia recém-nascido que abre caminho por entre as trevas... Eis que o primeiro veio e com ele o Esplendor, o Reluzir, a Luz da Explanação e a Pura Alusão da Realidade. Este te foi doce e te contou sobre um mundo belo e rico em suas raízes mais profundas.
Ofereço-te à Clareza, mas esta queima os teus olhos e com isto, tu foges para longe...

O dia se vai e a noite cai como um véu de seda, fazendo mesmo o sol senhor do dia deitar-se em seu leito... Nas sombras surge o segundo e com ele os Mistérios, os Enigmas, os Desejos Secretos. Este é firme como a própria terra, voraz e selvagem indomável.
Ofereço-te a Vida, mas isso te assusta e te preenche de dúvidas e incertezas e com isto, tu foges para longe...

Tua dor se torna insuportável e teus lamentos passam agora a ser insanos recorrendo apenas à morte, ser soberano... E assim o terceiro se aproxima e com ele a Sabedoria, a Experiência, a Segurança. Este respeita o dia, senhor guia; e honra a noite, pois de tua fúria não pretende provar, revelando os Sonhos.
Não muito tenho a oferecer, nem mesmo com o calor em meu corpo posso contar, mas lhe asseguro certo como o Sol dar seu lugar a Lua, que nos Sonhos tudo pode ser alcançado e jamais se sentirás negada ou aflita ou sozinha ou desprotegida; onde o medo não existe, pois o além é apenas um caminho a se trilhar dos quais todos irão passar, sejam eles Bons, Maus ou... Imortais.

Muro de Lamentações

Já Chega!
O que te faz pensar que mereço, necessito ou sequer devo lhe ouvir? Meu rosto familiar? Minhas boas ações? Minha simpatia? Está enganado... Eu não preciso.
Há tempos tenho vivido e servido como ombro para deposito de frustrações, chatices e idiotices sem tamanho. Entenda, eu não quero ser os ouvidos – a lhe ouvir; os olhos – a chorar com você; os braços – a conforta lhe... Eu não quero ser exigido, forçado, intimidado... Exaurido. Tenho minha própria vida para cuidar e não preciso da sua como anexo; isso por que seus problemas são seus e dane-se você com eles!

Tendo dito isso, sinto-me em necessidade de explicar... Por favor, não me leve a mal por isso, mas ter a imagem de “bom moço” vicia os outros a repetirem os seus erros, pois sempre receberam uma absolvição de seus pecados quando ouvidos por um amigo. O que durante muito tempo tenho feito com prazer e ainda faço, mas não pra você... Você que se aproveita; Você que só se lamenta e não muda; Você que nem sequer se esforça para melhoras suas atitudes, mesmo que só um pouco; Você que finge estar cego ao mundo a sua volta; Você que não para de me ligar; Você que não possui o bom senso de ir embora; Você que vive no passado... A Você, Não mais.

Amigos procuram os outros para compartilhar e servir de apoio quando for necessário, nunca extirpar o que este possui ou sugar de suas veias o pouco de felicidade que lhe resta, destruindo bons momentos com lastimas e matando pouco a pouco aquilo que um dia os uniu como tal. A você que se esforça e é honesto consigo mesmo, sem jamais exceder ou ignorar um pedido feito apenas pelo olhar de um amigo necessitado, minha alma esta aberta para ouvi-lo... Sempre e para Sempre. 

sexta-feira, dezembro 16, 2011

Sentimento Déjà Vu

Cá estou em minha cadeira acolchoada sentado diante de todos os olhares incriminadores... Mais uma vez. Certa vez disse a mim mesmo que jamais tornaria a estar nesta posição e cá estou eu novamente, provando que meus erros se repetem ou seriam os meus acertos mal interpretados? Quem teria essa resposta? Você? Eu? Ou Eles?
Sinto as paredes sendo construídas a minha volta, enquanto tento inutilmente explicar com as palavras, ditas culposas e venenosas. Veneno este envelhecido em minha própria adega e que agora confronta a mim como um feitiço que se volta contra o feiticeiro.
Porém em minhas poucas palavras peço apenas que olhe além da neblina e da fumaça e da densa camada de pó que tenta cegar-te e questiona-te: O que posso eu ganhar com isso? Valeria a pena?... Não, não valeria.

quinta-feira, dezembro 15, 2011

Algo Sobre Rosas, Espinhos e Corvos.

Eis que sois tu vida, em seus puros momentos, como pétalas ao vento caindo sutilmente embaladas pela suave brisa a cobrir os degraus frios, duros e implacáveis da jornada.
Teu perfume penetra os sonhos dos justos com expectativas, desejos e paixões; assim como tuas raízes cobertas por espinhos nos rasga a sola dos pés e recobra-nos de tua real frieza que tortura os imaturos, os indisciplinados e os inocentes.
Vida és algoz e vassalo das nossas andanças, definindo as escolhas que tomamos, sejam elas imprudentes ou convictas. Tu tornas o caminho curto ainda mais curto e o longo uma eternidade, porém quando a noite se vai e o sol torna a nascer, lembramos que não só existe o inverno implacável, mas o verão de sol a pino, a primavera das novas escolhas e o outono das responsabilidades.
 E assim és tu vida minha, moldada em rosas e espinhos e observada por corvos cobiçadores de oportunidades que buscam por suas riquezas mais intimas. 

segunda-feira, dezembro 12, 2011

Uma Longa Pausa de Mim

Saúdo vós todos meus companheiros de caminhada.

Primeiramente peço minhas desculpas pelo longo “hiatos” a que foram submetidos, mas lhes asseguro que meu retorno é definitivo, assim como minha presença será bem mais frequente nessa casa, onde as ideias são formadas para desconstruir os muros dos dogmas a nossa volta. Entretanto lhes asseguro que meu período abstêmio não tratou apenas de um capricho da vaidade, mas de uma experiência viva... E Livre.

Eis que minha ausência se fez necessária para reorganizar as ideias e as vidas que me dispus a auxiliar durante esse período, sendo de suma e exclusiva, a minha própria. Deste, eu pude ver e vivenciar muitas coisas que já há algum tempo (havia feito) questão de esquecer, mas que ao reavivá-las pude compreender sua real importância, logo pondo-me a questionar o motivo primordial de seu afastamento; não encontrando muito mais nas palavras além de medo, que sozinho, pôde descrever tudo de forma simples.

Seria tolo afirmar isso? Sim, seria, mas de um todo tolo eu sou. Quem não seria? Um tolo e rude, sim, de certo como sei que minhas calças me servem perfeitamente.
Um tolo tentando esforçadamente reacender a chama criativa que um dia as noites cansadas de lágrimas tanto tentaram ofuscar com suas sonatas melancólicas.
A vida prossegue... Como sempre e para sempre, mesmo que esse sempre nos pareça curto como a chama tremula de uma vela soberana cortando sozinha a imensa escuridão que lhe rodeia. Pois que essa seja uma vela de muitos dias, estendendo-se além do limite comum à sua luz. Uma luz de Sabedoria.


“Se você vier me perguntar por onde andei
No tempo em que você sonhava...
De olhos abertos, lhe direi: - Amigo, eu me desesperava.”

“Sei, que assim falando, pensas
Que esse desespero é moda em 73...
E eu quero é que esse canto torto,
Feito faca, corte a carne de vocês”.

- À Palo Seco - Belchior

domingo, fevereiro 13, 2011

O Que Dizer Sobre Liam

“Quem és tu que me olha refletido no espelho? Teu rosto me soa familiar, mas seus gestos em nada se parecem com os meus. Você que possui olhos distantes e uma mente turbulenta, fadado a passos dados no sentido contrario, sempre contraditório, em busca de respostas sem ao menos saber quais perguntas fazer primeiro.

(...)

Tu és um andarilho sujo e marcado pelo pó e calcário das calçadas lapidadas que se estendem por dentre este labirinto filosófico, psicótico, caótico. Tua imagem, sempre se manterá turva como uma sombra; teu brilho nunca mais será polido por este engraxate cansado de ajoelhar sobre teus pés.

Liam tu foste minha fuga quando precisei; meu soldado romano eleito como líder nas horas de dificuldade vindouras, mas tua regência se estendeu muito além das minhas rédeas e teu heroísmo tornou-se vilania perante meus olhos. Tu foste meu algoz por tempo demais, agora meu ato de rebeldia para contigo, nada mais é que um sopro fino e puro de liberdade.

De minha vida cuido eu, de meus atos serei apenas eu responsável.

(...)

Embora meu caro Liam, o jogo tenha voltado para as mãos do jogador, você não será esquecido por teus feitos e tua memória permanecerá como única finalidade histórica contemporânea, lembrando aos remanescentes o destino que tu alcançaste.

Embora eu te julgue de todo ruim, torno-me hipócrita se não disser que houve momentos de alegria, quando na minha infância jazia a força para seguir além destas duas vidas. Uma que se iniciou com meu nascimento e outra com minha chegada aqui nesta terra distante.

Por isso Liam, Eu lhe sou grato e como premio por teus méritos te deixarei retornar para casa, onde poderá descansar onde mereces. Voltando a ser o que és... Uma parte da minha mente.”   

Em Silêncio

“Quando palavras já não fazem mais sentido em serem ditas...
Quando as motivações já não possuem uma função a se cumprir...
Quando emoções dão lugar a uma suposta compreensão...
Quando se espera milagres que não virão...
Quando algo cresce e se torna maior que suas mãos podem segurar...
Quando ouvir já não esclarece nada a sua volta...
Quando você passa a não dar valor às belas coisas triviais...
Quando existe algo, mas não se consegue ver...
Quando os olhos perdem o brilho que se teve um dia...
Quando a dor já não dói...
Quando a alegria já não faz sorrir...
Quando você não esta mais aqui...
... Eu permaneço.”

sexta-feira, janeiro 28, 2011

O Que Dizer Sobre Erin

“A você Eu agradeço... Por mais que possa simplesmente parecer estranho, mantenho estas, a muito comigo e acho que já passou da hora de expor-las.

Sim, fiz isso por você sem Nada receber em troca; Nada do que sempre quis, mas não tive coragem de dizer. Fui um Tolo por muito tempo, silencioso e carismático; um Tolo carinho e amigo, sem problemas em ouvir seus problemas ou compartilhar suas frustrações; um Tolo, passível do crime contra mim mesmo.

(...)

Por dias eu fiquei a observar e aprender seus gestos, seus gostos, seus desejos, sua maturidade apaixonante. Senti-me um garoto de novo, um garoto Eu fui.

Você não é mais parte da uma vida passada, Você é minha imagem refletida, é cada movimento meu, é cada palavra bem pensada para não machucar os ouvidos alheios, é cada roupa escolhida, cada sapato calçado... Cada beijo dado.

Tua ausência é um buraco que preenchi com momentos não vividos por nós, mas sonhados em seus mínimos detalhes. Seja através de uma canção ou somente em palavras soltas ao vento, Tu é minha sombra, meu inconsciente ativo, minha musa eterna, minha conselheira das muitas horas, minha mãe, minha mulher, minha emoção.

(...)

Tua forma se molda com o tempo e assumes diversas fisionomias ao longo da minha vida, como parceiras e amigas, que sempre guardarei comigo em um lugar mais que especial. Já possuístes muitos olhos e olhares, bocas e aromas, assim como temperamentos explosivos e sonhadores, ensinando-me a viver.

A ti Erin, Eu dedico estas únicas palavras, pois palavras minhas não mais ouvirás, embora as tuas sempre estejam presentes em mim. Sendo assim concluo este pequeno gesto de misericórdia para com a minha consciência cansada e te agradeço sublime o me tornaste. Embora saiba que muitos outros capítulos Eu irei de presenciar e muitas Erins Eu irei de encontrar em meu caminho; te beijo agora como um pai, a ninar uma filha e espero que durma bem, pois quando um novo sol nascer você virá a mim da mesma forma que irei até você.”  



Outro dia tem inicio diante de mim e com ele vêm minhas rotinas diárias.
Desperto e vejo o quarto onde durante noites incontáveis você ficou ao meu lado e consolou os meus sonhos,   
Que agora somente permanece uma suave doçura nos meus travesseiros...   

...Um dia tudo passará e não me lembrarei mais de você, Sei disso.   
Mas até esse momento vir a chegar,
Na minha mente tudo podia ser diferente...
Portanto tomo o meu violão e toco como nunca fiz antes.   
Nesta canção de palavras simples,
Chamo o seu nome com o meu coração...

...Uma vez fui um tolo com uma caneta simples,
Quando risquei no papel o seu borrão,
Mas foi o seu sorriso não somente seu rosto que tomou o meu coração.
Um dia sei que voltaremos a nos ver.

Rhymer & Ragdoll - Erin

Tudo Possui Um Fim?

“Quando podemos dizer que algo realmente chegou a seu fim? Seria quando o perdemos de vez? Ou quando acreditamos que nossa vida continua?

Sempre nos deparamos com estas perguntas pelo menos uma vez em nossas vidas, seja com amigos, amores, familiares... Independente de qual motivo lhe seja atribuído, uma dor que não se cala e não se ‘afoga em goles’ age como algoz por um período interminável.
  
(...)

Diante desta parede intransponível que assola-nos por dias ou ate meses, porque não arriscar anos; existe uma vegetação rasteira que solidifica e ramifica suas estruturas, sendo nós mesmos, seus jardineiros. Dar o próximo passo é sem dúvida à etapa mais difícil, pois significa não apenas esquecer, mas lembrar e seguir, fazendo das suas futuras atitudes melhores reflexos do que fomos um dia.

(...)

Justiça não seria a palavra correta a se criticar, ou talvez destino, fardo, carma, dogma, paradigma... Não importa; nós não decidimos além dos nossos próximos passos e só enxergamos os passos deixados como rastro, restando-nos apenas refletir e seguir.”

Nem as Primeiras, Nem as Últimas

 “Nada é Impenetrável que não possa ceder, Nada é Intransponível que não se possa Ver; Nada é capaz de impedir as águas de fluir... Então, que fluam sem freios ou objeções. Elas precisam encontrar seu caminho através das rochas e seguir adiante para um mar de remorsos, sonhos e lamentações já quase esquecido pelo tempo. Esse é seu objetivo, seu carma de existência.

Quando menino se aprende a ser respeitável, honorável, justo, digno e mesmo amável, mas ninguém nos ensina a maneira certa de mandá-las embora. Pois não precisam, isso já nos é ensinado pela vida e suas sombras...

A primeira delas vem ao nascer quando precisamos provar a vida que merecemos viver, logo estas são substituídas pela necessidade de afeto e atenção, durante os primeiros anos de vida. Após os primeiros passos vêm as primeiras quedas e com elas as Quartas, Quintas e mesmo Sextas vezes em que as depositamos sobre o solo. Sejam estas silenciosas ou abertas aos muitos ouvidos.

Os anos passam e a dor se faz presente no primeiro amor, no primeiro filho, na primeira perca... Elas nos têm, assim como nos as temos ao longo da vida.
Lágrimas não nos fazem fraquejar, mas ensina-nos a sermos mais fortes.”



Deixo para ti estas que são os mais puros fragmentos de minha alma... Não espero de ti retribuição, gratidão ou pena, de qualquer forma possivel, mas se a força lhe faltar e nada mais puder lhe conter, peço apenas que jamais reprima-os na minha presença, pois destruirás aquilo de mais sincero que possa me oferecer, a troco de futuros remorsos desperdiçados...



segunda-feira, janeiro 10, 2011

Somente Lembranças Numa Manhã Chuvosa



“A fina garoa continua a lavar as folhas pelo quintal molhado e cheio de histórias. Deparo com minha imagem refletida na janela a olhar uma paisagem deserta, coberta por uma espessa neblina ainda da manhã, que mantida um pouco mais, devido à ausência da luz solar e do calor dos corpos.

Sinto como se algo me alcançasse à face e me tocasse os olhos, agora encharcados. Não era remorso que me consumia, mas Saudade. Um pequeno sorriso me faz lembrar os momentos quando corria Eu, sem preocupação alguma ou limitações além da minha própria imaginação, era um mundo livre da dor, da fúria, da miséria e doutros males que me corroem a alma. O que nos fez mudar? Por que tive que mudar?

O passar dos anos é sempre duro e sua rigidez, fez nossos sonhos amadurecerem e morrerem em nossas mãos, mas para poucos de punho firme, estes ressurgirão na próxima primavera de folhas renovadas e frutos deliciosos. Para outros a fantasia morreu com o som das máquinas, da ‘carga horária’, da ‘produtividade’...

E a chuva?... Esta ainda é a mesma de antes, as lágrimas ainda são as mesmas de sempre, as lembranças permanecem também iguais, porém algo hoje é diferente... Hoje, Eu sou diferente.”

sexta-feira, janeiro 07, 2011

Começos e... Fins.


“Sem começos ou fins... Disse um homem a algum tempo. Determinar um é determinar o outro...

Não entendo o porquê de tamanha necessidade; Eu não exijo de você explicações, satisfações ou se quer soluções, mas o ‘mundo a minha volta’ implora por uma resposta minha. Pressionando-me em direção a paredes, que embora invisíveis, são solidas como as rochas.

Indago-me...

Por que tudo não poderia ser simples? Apenas Preto no Branco, sem escalas de cinza ou qualquer marcas ou borrões. Seria isso uma necessidade deles? Nossa? ... Ou Sua?”

Nossas idéias pareciam iguais, nossos desejos pareciam suprir até por demais, mas estava Eu tão errado pensando assim? Será que vi algo onde você mandou não olhar ou você viu algo que eu não mostrei?

O mundo com seus dogmas sociais afastam da vida as coisas boas e impedem que nossos olhos possam contemplar o que realmente importa; a Vida em si. Viva, você me disse, sem barreiras ou correntes ou desconfortos... Estou tentando.  
Não estou criticando seus atos, sabe que jamais faria isso, pois a respeito demais... Por isso fico apenas a me indagar:

Por que tudo não poderia ser simples? Apenas Preto no Branco, sem escalas de cinza ou qualquer marcas ou borrões. Seria isso uma necessidade deles? Nossa? ... Ou Sua?”

Os Desprezíveis Sete Inseparáveis: Luxúria


“Seria Eu, o último destes que despojam-se tão espontâneos? Ou o primeiro de ordem natural que movimenta Teus passos? Como saber? Baste me ter...

Eu sou tua ânsia pela noite mais iluminada, teu desejo de ter a pele acariciada. Sou tuas formas e contornos, teu olhar sedutor e teu sorriso dominador que faz dos outros a tua volta sonharem com teu cheiro de perfume contido, quase escondido, no pescoço e busto, braços, abdômen, ventre...

Suas a Tua pele macia, tuas pernas suaves e teu andar firme. Eu te movimento sem cordas de marionete, sem jogos ou falsetes; e ainda foges de Mim. Afasta-te de mim como um animal acuado pelo caçador, mas se entregas por completo quando juras o amor ‘Eterno’ sob o Criador e as estrelas no céu iluminado... Eu te tenho, não porque te quero, mas por ser uma necessidade Tua sentir prazer...”


Os Desprezíveis Sete Inseparáveis: Gula


“Estou a salivar por você te tal forma que me consome as entranhas, aperta as costelas e faz meu coração pulsar mais rápido...

Não perderei tempo com palavras vazias, só busco o que me completa, alimenta, nutre, revigora, supre, consome por completo... Pena que não exista tal coisa.

‘Mais’ não me define, estou acima disso, um nível superior. Não me atrai a vaidade, ou a inveja ou o ódio; estes são fúteis e só desperdiçam energia desnecessariamente com seus ‘discursos’ de vanguarda, Eu não... Eu sou carnal, material, glutão por grandeza e soberania... Enquanto todos discutem, Eu me alimento e alimento meus alimentos...”

quarta-feira, janeiro 05, 2011

Os Desprezíveis Sete Inseparáveis: Cobiça


“Não é o suficiente, preciso, desejo, imploro... Mais, mais, mais. Com as palavras, não me atenho, com os gestos não me contenho diante de tamanha grandeza em formas e formosuras, que deliciam-me o olhar fazendo em minha boca salivar o prazer de ter... Mais. 

Não conheço moderação; não me mantenho nessa prisão de barras finas e cristalinas, de nome singular e ‘Satisfatório’ somente ao próprio do qual rudemente Tu, tentas me conter. É inútil para ti me entender, tuas palavras dançam na minha boca, pois das mais belas já busquei, provei e reservei somente para meu deleite.

Minha ânsia não se cala jamais enquanto jóias despojarem seu brilho, seja no solo, no colo, no aço, no vidro, na pele... Nem mesmo o brilho do Sol ou a Palidez da Lua, me escapam a visão do desejo, quem dirás Tu, de carne e osso, sangue e músculos... Que pulsa; e vive; e deseja... E brilha aos meus olhos.”